sexta-feira, 7 de novembro de 2008



u m p o e m a


do Tucunduba ao Estige
a cidade despeja sua dose noturna de poezia e lixo

sob os flancos de Santo Alexandre
a menina chupa uma pica infecta
a cena suga como Verbo
ingere
digere
e
gera
a espinha dorsal da vida
enquanto
o poeta
joga migalhas para as estátuas do Pomar Invisível


poema extraído do livro inédito Possuído ou a Diluição de Lorena, a ser editado em jan/2009 pela Editora Amazônia

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