u m p o e m a
do Tucunduba ao Estige
a cidade despeja sua dose noturna de poezia e lixo
sob os flancos de Santo Alexandre
a menina chupa uma pica infecta
a cena suga como Verbo
ingere
digere
e
gera
a espinha dorsal da vida
enquanto
o poeta
joga migalhas para as estátuas do Pomar Invisível
poema extraído do livro inédito Possuído ou a Diluição de Lorena, a ser editado em jan/2009 pela Editora Amazônia