nesta cidade em Outubro sorteia-se imagens de Maria
para não arrefeceres a este Deus te devotas à ciência das noites antes da partilha do Fogo – apenas tua imensa força interior tua águia e tua serpente fazes da solidão tua lavoura retens nos olhos alvoradas invencíveis
agora queres circundar-te de poezia cravejado de todos os vícios ouvir a música do Tempo montar o corcel de Morfeu experimentar outra vez
ao chegar com os grãos olhas demoradamente: a Eternidade apresenta o instinto que sempre negaste: o de não-ser mas todo - tu és no entanto te pesa a cabeça pensa eis teu próprio Inferno: podes requerer o outro que teu rosto forjará no espelho matinal
quando a noite chega - sem ninguém vagas por incêndios amazônicos
nas mãos um livro um golpe uma lira
reflexão e ato: em nome da verdadeira transmutação dos valores devíeis pensar: ele está no meio de nós
degolado
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